Fukushima: natureza mais forte do que qualquer coisa
Não, as fotos que você encontrará abaixo não são de uma série sobre os mortos-vivos ou o fim do mundo. Essas visões pós-apocalípticas são na verdade tiradas de uma série de fotos tiradas por Arkadiusz Podniesinski, um fotógrafo profissional que teve permissão excepcional para visitar a zona de exclusão nuclear de Fukushima.
Fukushima, o “Chernobyl Japonês”
Um pequeno flashback: Fukushima Daiichi, o “Chernobyl Japonês”. Em 11 de março de 2011, um terremoto de magnitude 9 devastou o Japão, o solo desabou sob os pés dos habitantes da região e um tsunami destruiu a usina nuclear de Fukushima. 160 pessoas foram evacuadas para fugir das consequências deste desastre ecológico.
Para proteger as pessoas da precipitação radioativa, uma área de 20 km ao redor da usina é declarada “zona de exclusão” e ninguém pode entrar sem autorização especial.
Arkadiusz Podniesinski, testemunha do Apocalipse
Arkadiusz Podniesinski, fotógrafo polonês, conseguiu obter esse privilégio. Ele foi, portanto, capaz de fazer um levantamento desta área do Japão onde ninguém pôde visitar desde o desastre, e as imagens que ele traz de volta são arrepiantes e impregnadas de uma forma de poesia nostálgica.
A impressão geral é observar uma cidade onde a população evaporou. Das salas de videojogos ao circuito de kart, passando pelos escritórios onde os habitantes trabalhavam, tudo ficou como está. Uma das fotos mostra até uma mesa em uma casa onde a refeição está em cima da mesa, esperando apenas os cariocas.
Mas as fotos que mais circulam são as de carros, abandonados nas estradas e em torno das quais a natureza tomou conta de todo o espaço, entrelaçando a carroceria numa espécie de selva. Como que para nos lembrar que quando o Homem já não estiver, a Natureza existirá sempre ... Pelo menos, assim esperamos ...